Mas não pense que a grande "heroína" da história foi a Princesa Isabel. A lei Áurea foi uma conquista do povo, principalmente dos abolicionistas, e dos próprios escravos, que tiveram muita coragem para combater uma realidade tão dura.
Pois a abolição não foi imediata, já que no fim do século 19, as notícias ainda demoravam a se difundir e havia certa resistência de fazendeiros conservadores, que temiam perder seus escravos e seus lucros. Daí a demora para materializar a relação assalariada de produção.
Antes da assinatura da lei, muitos negros já não eram mais escravos. Além das leis anteriores (a do Ventre Livre- libertaram os nascidos depois de 1871) e a dos Sexagenários - libertava os maiores de 60 anos), vários deles já tinham comprado a própria alforria, pois trabalhavam nas cidades (com a autorização de seus donos) como escravos de ganho. Outros, ainda, tinham sido libertados graças às ações de organizações de resistência, que também compravam cartas de alforria.
E depois disso o que aconteceu com os negros?
Ainda hoje, no Brasil, os negros são discriminados pela cor da pele: a grande maioria da população pobre é negra, não tem acesso a boas escolas, tem salários menores e enfrenta dificuldades até para arranjar empregos melhores.
Não importa a cor da pele!
Todos temos direito a uma vida decente e feliz.
E a melhor coisa que cada um pode fazer é: respeitar e valorizar as diferenças.